quarta-feira, 8 de julho de 2020




Opinião
[texto publicado no Diário de Aveiro no dia 06mai20]


O Porto de Aveiro e o Resto
- Que Futuro?


PLATAFORMAcidades no Diário de Aveiro

Silva Matos (*)

Chairman de A. Silva Matos SGPS

e
Pompílio Souto (*)

Arquiteto; Urban Designer; ex-Docente Universitário


 

pp1

O "futuro do porto de Aveiro passa" pelas "obras de alargamento e aprofundamento da barra; pela conclusão da infraestruturação da área logística integrada e dos cais de acostagem públicos e privativos; pela revisão do acesso ferroviário; pela internet das coisas aplicada à logística e descarbonização".

                               [síntese das] "Primeiras Notas" de Alberto Souto – Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações (Plataformista), após a visita ao Porto de Aveiro em 30 de janeiro de 2020 (*1)

pp2

"(…) na segunda metade do mandato deste Governo, serão lançados os Planos e Projetos previstos para a Ria" e Baixo Vouga Lagunar.

[disse-nos Matos Fernandes – Ministro do Ambiente e Transição Energética (igualmente Plataformista), numa sua recente vinda a Aveiro (*1)


pp3

Será isto que resolveria um dos "estrangulamentos mais sérios, quer da Cidade-região de Aveiro, quer da outra, bastante mais vasta, que esta polariza no litoral"? Esta é uma das perguntas da "Iniciativa de Participação Pública" que laçámos.

A resposta do Chairman Silva Matos da A. Silva Matos, SGPS é a que transcrevemos abaixo e à qual juntamos uma "nossa nota final".

1.  A resposta de Silva Matos
            Obrigado (…) por este email, que considero da maior importância. Obrigado ao Sr. Secretário de Estado, pela preocupação com a cidade de Aveiro e não só.
            Para sintetizar, respondo assim:
            1.         Aveiro vai para o mar, total, ou parcialmente. Não sei se ainda haverá tempo para o evitar.
            2.         A cidade onde gostaria de viver, era, obviamente, Aveiro
            3.         Gostaria de agradecer e enaltecer a visão estratégica do Dr Alberto Souto para o Porto de Aveiro, onde agora temos uma moderna e funcional empresa de produção de Torres Eólicas Offshore, que muito poderá beneficiar com as obras por ele sugeridas.
            4.         É tempo de se olhar também pela Ria de Aveiro e seu desassoreamento e incentivo a outras actividades na mesma, para bem do distrito e do país.
Silva Matos

2.  Nossa nota final
          21;
            Este é o nono contributo de um conjunto de cidadãos responsáveis por entidades a quem muito interessa o que se possa, ou não, fazer quer na Barra, no Porto e na Ria de Aveiro, quer no Baixo Vouga Lagunar.
         22;
            Obviamente que lamentamos não contar, neste registo, com os pontos de vista da Presidente da Administração do Porto de Aveiro e do Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo. Esses permitir-nos-iam conhecer o pensamento da Administração Pública, designada e eleita, que mais tem a ver com o "lugar" e a "infraestrutura" objeto das "notas" de Alberto Souto, mas também – menos diretamente – com o "espaço natural" e o "território" que, em conjunto, são indubitavelmente estratégicos para a região e para o país.
          23;
            Contámos, no entanto, com os pontos de vista dos demais interessados em tudo isso: especialistas, industriais, ambientalistas e entidades representativas de trabalhadores, de empresários e da comunidade portuária.
            São contributos esclarecidos e sustentados que – sublinhe-se – relevam de uma visão nem egoísta, nem sectária, antes guiada pelo "interesse público" – que reconhecem ser também o deles.
            Eles, como nós, conseguiram tirar algum tempo às suas "vidas" para defenderem isso mesmo: – O "interesse púbico" que cada vez mais passa – feliz e irrevogavelmente – pelo envolvimento esclarecido dos cidadãos na construção do presente e do futuro de todos nós.
          24;
             Identificam-se oportunidades e riscos decorrentes de uma "intervenção sumariada" por Alberto Souto.

      Mas o que mais importa reter – do meu ponto de vista – é o facto de ninguém se conformar com o que temos. Seja a Barra, o Porto, a Ria de Aveiro ou o Baixo Vouga- Lagunar permitem ou oferecem muito menos do que o possível e necessário.

         25;

       Numa próxima publicação procuraremos sistematizar o que, do nosso ponto de vista, nos foi sendo apresentado como mais relevante para o desenvolvimento sustentado desses bens patrimoniais, infraestruturas e oportunidades de que dispomos.

        E este é, meus caros, o momento de pensarmos estrategicamente sobre tudo isso, sendo que nisso a voz dos Cidadãos não poderá ser irrelevante!

 

Deixe-nos o seu ponto de vista em «plataformacidades.op@gmail.com»

(*1),         ver Blogue da PLATAFORMAcidades   http://plataformacidades.blogspot.com/
Texto da responsabilidade de (*) Silva Matos, Chairman da A. Silva Matos SGPS; Nota final Pompílio Souto
NOTA: Veja outros textos desta série no Blogue Plataforma Cidades || Contacte-nos: plataformacidades.op@gmail.com
 

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