sexta-feira, 27 de abril de 2018




Semana PEDUCA
Viva a Cidade _ Ligação Ciclável Estação da CP-UA

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            A sessão Viva a Cidade, da Semana PEDUCA (*1), fez-se na Universidade de Aveiro, sendo apresentada a Ligação Ciclável Estação da CP - UA".


1.
            A Universidade é muito importante para Aveiro. As Reitorias têm sido medalhadas pela Autarquia e, mais importante, sempre muito respeitadas pelos Cidadãos.
            As relações da Academia com os Cidadãos são boas e profícuas, com vantagem para estes, salvo se forem "praxes e festas associadas" ou "participações mais técnicas do que científicas" em projetos urbanos de fácil escrutínio público.
            A existência e funcionamento do Campus aproveitam à Cidade, mas exigem-lhe muito e, por vezes demais, por insuficiência de ponderação estratégica.
                       
            Centrando-nos no objeto desta crónica – "mobilidade ciclável" e "projetos urbanos", nos quais a CMA envolve a UA –, sabe-se do "conhecimento" existente na UA, mas sublinham-se, também, a controvérsia e contestação de desempenhos e resultados: vejam-se o PCI (*2), Parque da Sustentabilidade e PEDUCA, p.e
            A "mobilidade" – como tema de investigação e intervenção da Universidade, em Aveiro – aparenta não vir resolver o essencial dos problemas associados ao acesso e parqueamento de milhares de carros e autocarros que a UA traz diariamente à cidade.
                       
            Ou seja, quando a CMA e UA se juntam em "projetos de investigação aplicada", parece haver alguma (pontual?) falta de apreço da Autarquia pelo trabalho produzido (*3), ou uma (óbvia) falta de congruência operativa entre elas, como é o caso desta "Ligação Ciclável".

2.
Na apresentação da Ligação Ciclável CP – UA o Presidente da Câmara informou estarem previstos três trajetos: um pela Av. ª Lourenço Peixinho; outro pela Av.ª S.ta Joana e o terceiro Junto à Linha dos CF.
Este último – que é o prioritário para a CMA – e que é objeto de trabalho de uma (pouco competente) Empresa por ela contratada, é aquele que os presentes, na apresentação – Núcleo da Bicicleta da AAUAV, Ciclaveiro e Outros – consideram menos urgente e adequado, enfermando até, de graves omissões e erros devidamente identificados.

3.
Dada a relativização que a Câmara faz desta argumentação e dada a aparente passividade institucional da UA perante isso, teme-se que não seja reconhecido por quem decide "a enorme importância e pertinência das críticas formuladas" e sublinha-se que seria inaceitável "que não se agisse em conformidade".

Repensar a estratégia de intervenção, a prioridade enunciada e desenhar bem o necessário (*4) – envolvendo quem objetivamente mais sabe sobre o assunto (*5) – é, meus caros, imprescindível ao bom nome dos envolvidos, ao bom governo da cidade e à sua qualidade de vida.


(*1)               debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro
                        http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402
(*2)               Parque de Ciência e Inovação
(*3)               O abandono do Projeto da Av.ª Lourenço Peixinho, feito pela UA, p.e
(*4)               Que é, sublinhe-se, muito mais do que a Ciclovia
(*5)               Que, neste caso é a UA, mas também, a Ciclaveiro, p.e

Pompílio Souto | 31_semPED LCi [15abr18]   http://pompiliosouto.blogspot.pt/

quarta-feira, 25 de abril de 2018




Semana PEDUCA
Viva a Cidade _ Rua Verde

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            Nesta sessão Viva a Cidade da Semana PEDUCA (*1), apresentou-se, o "Projeto Rua Verde" - proposta de cidadãos.

            "só nos desenvolvemos quando conversamos uns com os outros" (…)
.           Esta é a razão maior desta iniciativa, que deu no Projeto que será, do ponto de vista cívico e sociocultura, o mais interessante dos que vi apresentados por Cidadãos na Semana PEDUCA.

Em termos urbanísticos o que se propõe é oportuno, faz sentido e é, tecnicamente sustentável. Espero que com a liderança – competente e meiga – da Sãozinha e da Júlia (que me perdoarão a familiaridade do trato); com o continuado envolvimento dos moradores; com o empenho da autarquia e o incentivo de todos nós, a obra se faça e a iniciativa cresça.

1.
Os da Rua Cândido dos Reis, que liga a Estação dos CF ao Quartel, organizaram-se, discutiram e identificaram coisas que poderiam ajudar a "pintar de verde o espaço onde vivem".
– Isto porque "o verde é esperança e vida e sustentabilidade". Isto porque, tais coisas transformariam num gosto e benefício o encontro entre pessoas "que, assim, partilhariam as coisas boas é más do dia-a-dia, como fazem os vizinhos", dizem.

Limpar e arrumar o espaço público: dar mais passeio ao caminho de tudo, mas sobretudo do estar & devaneio, que faz uma boa parte das nossas vidas.
Claro que também é preciso, p.e melhorar a recolha de lixos e acabar com os "ex-Caima", parados, motores em marcha, dormindo (o sono dos in-justos) enquanto poluem e infernizam a vida que aqui se faz.

Aproveitar um "vazio municipal" [não para tomar o poder, q'uesse t'á na mão de quem ganhou as eleições e por isso tem direito (não "divino", Sr. Presidente) a "exercê-lo governando e (sobretudo) fazendo", tal como não se cansa de avisar o Eng. Ribau Esteves]; aproveitar o "vazio municipal urbano" dizia eu, para que aí se constituísse um "espaço de estar e interagir". Boa!
Mais coisa menos coisa, parece ter-se concluído que sim: - Parabéns aos envolvidos (Moradores; Autarquia e nós, s.f.f).

2.
A Rua Cândido dos Reis tem dois troços distintos: um próximo da Estação da CP e outro desde o cruzamento com a Rua de Viseu até ao Quartel.
.           Ora, no projeto da Câmara em execução para o primeiro, é imperioso que se obviem os "desertos de afeto e lugar" típicos das vizinhanças de Estações de CF, ganhando os moradores para isso e começando, desde logo, por enxotasse os "ex-Caima" infernizantes.
.           Quanto ao segundo, para onde se pede a "praceta do estar dos vizinhos", que tem desenho pacífico, talvez fosse de ir mais longe, até à Viela do Canto e daí à Av.ª da Força Aérea, nas Barrocas onde um mau Plano gerou problemas graves, nomeadamente de estacionamento.
            É que assim fazendo, ao atravessar o quarteirão, talvez se descobrissem as frentes ativas e os lugares de estar e de estacionar, que por aí fazem imensa falta.

Seria "uma lança em áfrica" com imprevistas vantagens nas Barrocas e Aveiro, claro.
– 'bora?


(*1)               debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro
                        http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402

Pompílio Souto | 30_semPED rVe [14abr18]   http://pompiliosouto.blogspot.pt/

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segunda-feira, 23 de abril de 2018




Semana PEDUCA
Viva a Cidade _ Projetos Canal de S. Roque

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            Nesta sessão Viva a Cidade, da Semana PEDUCA (*1), apresentaram-se, o "Projeto Canal de S. Roque" e "Parque Canino" - propostas dos cidadãos.

A Sessão decorreu no Centro Comunitário da Vera Cruz, na Sala de Estar, entre idosos, dos quais conheço os "Cagaréus" (que muito prezo) e quem dirigi a instituição (nomeadamente) a Isménia Franco, sempre amiga, solícita e atenta, como se verá.

1.
Mais uma vez ideias generosas. Mais uma vez voluntarismos tecnicamente pouco escrutinados. Mais uma vez coisas, na cidade, que não lembram ao diabo.
Reconheço boas vontades e um ambiente que é bem-vindo, num local cheio de "memórias". Ora, são sobretudo estas, quem as tem e o respeito que lhes é devido, que me "obrigam" a não "assobiar p'ro" lado, e ser "simpático".

2.
Propõe-se (i) uma "espécie de memorial" das vidas do Bairro da Beira-mar, "ligando-o às Marinhas" e assumindo isso em meia dúzia de Cartazes uma "nova Centralidade". Propõe-se, também, (ii) um "parque de exercício físico para cães" com o esquipamento adequado e o mais necessário.
Tudo a construir na faixa entre o Canal e a A25, num troço com 30 metros de largura, a norte da (nova) Ponte do Lar.
                21.
            Sobre os "projetos" contenho-me: o Parque Canino é o que é e foram adiantados contributos; quanto ao "memorial": o objeto e o objetivo mereciam mais, muito mais.
                22.
           Uma "nova centralidade" urbana não se faz com meia dúzia (ou mesmo duas dúzias) de cartazes. A relação, que se descreve, do Bairro com as Marinhas… só se for por um canudo – um periscópio, p.e – p'ra olhar por cima da A25 e Viaduto do Caminho-de-ferro (CF).
            Ora, se o que se pretende é celebrar o Bairro, os Cagaréus e a relação deles com o "salgado" (Estrela Esteves ipse dixit), o que é indispensável é mesmo estudar a coisa (como sabem ser habitual em propostas deste tipo, n'é?)

3.
Há um "engulho" na sala e um "mostro" mesmo ao lado, e ninguém vê. Nem vê nem viu, pelo menos por duas vezes:
.           Primeiro, quando decidiram que o IP5 "faria o limite poente da cidade" e,
.           Depois, quando na berma dessa autoestrada, se construiu um (útil) Parque de Estacionamento com a falaciosa imagem de uma "moderna área de estar e cultura física" na poluída faixa marginante do IP5-A25 e CF – o "monstro".
Quanto ao "engulho", desfê-lo a Isménia: " – Desculpem, mas p'ra ali, pr'ro sítio do Parque Canino, é para onde, nos dias de bom tempo, nós levamos os idosos e a Escola Profissional os alunos…"

Pois.
Será que, desta vez, dá p'ra ver o "monstro"? E com os "projetos" e mais o "estar e cultura física" que já lá estão, que fazemos?
Entretanto, quanto à relação entre a "Cidade Clássica-Consolidada" e a "Cidade Lacustre" (Zona Industria Desativada – que carece de Reabilitação planeada), não tenho dúvidas: – Todos vamos fazer o que é devido!


(*1)               debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro
                        http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402

Pompílio Souto | 28_semPED bLi [10abr18]    http://pompiliosouto.blogspot.pt/


quinta-feira, 19 de abril de 2018




Semana PEDUCA
Viva a Cidade _ Projetos Bairro do Liceu

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            Estes Projetos Viva a Cidade (*0), apresentados na Semana PEDUCA (*1), incluem: uma Mini Biblioteca e um Parque Infantil da Bicicleta, que são propostas dos cidadãos.

1.
As ideias que os projetos pretendem materializar são interessantes e bem-vindas, mas o resto é um desastre.
                11.
            Os projetos são para o Bairro do Liceu, mas os proponentes não são de lá nem sequer o conhece bem. Quem os propôs não apareceu para os apresentar. A assessoria técnica autárquica não foi boa desta vez, sendo má (sobretudo) na justificação da sua localização e razoabilidade.
                12.
            A Mini Biblioteca é do tipo "quiosque com serviço de levar & trazer", como a de Santiago. O Parque Infantil da Bicicleta é, de facto, uma escola de condução de bicicletas para crianças. O local previsto para estes equipamentos é o extremo nascente do Bairro do Liceu, próximo do caminho-de-ferro.
                13.
            Livros, bicicletas e espaços urbanos "desocupados" dão sempre jeito: servem para justificar o que se diga que promove o seu uso, p.e. "Cai bem", é verdade, mas cuidado com o "refluxo".
            E não, meus caros. Os projetos também não servem, nem chegam, para se constituir o que supostamente justificaria a coisa: uma Nova Centralidade" ("minha nossa… Nem parece vosso").

2.
No Bairro do Liceu identificam-se três fases, diversas nos modelos urbanos e arquitetónicos, no tipo de pessoas que os habitam e usam e, também, nas vantagens e problemas que as caraterizam.
                21.
            Cingindo-me à especificidade dos projetos, sua localização e destinatários, considero que, são "ideias" interessantes, para um "sítio" inapropriado, longe do dia-a-dia do respetivo público-alvo.
            Por outro lado, no Bairro, existem problemas carecidos de resolução urgente, para o que a Mini Biblioteca e as vantagens existentes, poderiam ser contributos importantes.
            Neste quadro seria incompreensível executar os Projetos em causa, só porque sim e não estudar o que agora se sugere, só porque não.
                22.
            Entre as duas Escolas - escondida pelas empenas (cegas) do Hotel Afonso V e (míopes) das Torres Vermelhas (*3), num Jardim cheio de esconsos - existe aquilo a que os alunos chamam "red zone". É, de facto, um espaço a precisar de ser "limpo, visível e utilizado por vários segmentos etários".

3.
A Mini Biblioteca – alimentada e gerida pelas das Escolas – vocacionado para alunos e residentes (maioritariamente cultos e com algum tempo livre, como é o caso); montada num espaço reabilitado (em parceria com os titulares dos estacionamentos em cave que existam), daria mais trabalho, talvez custasse algo mais mas,… o resto, eram só coisas boas (não eram?)

(*0)
(*1)
debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro
http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402
(*3),
Anos 70 - Arq.tos Carlos Loureiro e Luis Pádua Ramos)

Pompílio Souto | 28_semPED bLi [10abr18]



terça-feira, 17 de abril de 2018




Semana PEDUCA
Viva a Cidade _ Projeto Santiago CONVida

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            Santiago CONVida integra o Viva a Cidade que é um novo ciclo na Semana PEDUCA, onde se incluem as iniciativas dos cidadãos.

1.
O Projeto é uma boa proposta do núcleo das Florinhas do Vouga e moradores do Bairro. Conta com o apoio da Câmara Municipal e duma Equipa Técnica por ela contratada.
                11.
            Churrasqueira, Merendeiro e Estendais comunitários. Campos de Jogos, mas também Livros de levar & trazer em Quiosque sempre aberto. E Bancos, claro, e Pavimentos – daqueles direitinhos, sabem? Daqueles onde é bom caminhar, seja a caminho de Casa ou do Jardim (só de aromáticas vão ser quatro). Prometem-se, ainda, Programas de Animação e Formação em Artes para animar e embelezar o Bairro e seus Espaços públicos "que estão muito mortos".
                12.
            Os residentes envolvidos são poucos, ainda, reconhecem as Florinhas e o Presidente da Junta, Fernado Marques. " – Com o andar disto e o nascer das coisas, vão ser mais", diz-se. Oxalá: Era importante que assim fosse.
                13.
            Também a Câmara intervém, nas edificações e no Espaço público ligando-o aos restos mal-amanhados do Parque da Sustentabilidade (lembram-se?), bem como ao Parque de D. Pedro V, Baixa de Santo António (e Ria, digo eu) – oportunidade & ideia – que aparenta não ter, ainda, o Projeto que merece.

2.
O Estado – Governo e Câmara – que "fizeram o Bairro e que depois o abandonaram", regressam, é verdade, mas quem sempre lá esteve, com as pessoas, foram as Florinhas: – Vieram para "acudir" e ficaram (sem murchar…).

Havendo, é certo, problemas financeiros e de integração, também há o estigma. Mas o que há, sobretudo, é falta de uma Politica de Habitação adequada e consistente, coisa que todos temos de resolver.

O Bairro de Santiago nasce em 1987. São 34 edifícios de habitação coletiva (1000 fogos) que incluem outras funções (50 "lojas"). Resulta, como outros, duma Politica de Habitação Social iniciada em 1965, aprofundada e alargada em 1974 e "liberalizada" a partir de 1980.

3.
Dos Programas e Políticas de "Habitação (Social)", recordo as Teses do III Congresso da Oposição Democrático, o pensamento e ação de Nuno Portas, mas sobretudo o que aprendi com isso e com o que depois fiz (bem e mal), como Autarca em Ovar.
Do Projeto de Santiago, recordo os trabalhos do Arq.to José Semide, primeiro no Plano de Urbanização e depois, com os Arq.tos Ventura da Cruz e José Prata, no Bairro.
Do que aconteceu e se fez a seguir, recordo a Universidade, a Escola, o IPJ, a Piscina (?!), a Junta, o McDonald's e o "crescimento" do Hospital. Recordo, e sublinho ainda, o Plano de Pormenor do Estádio e o que nele se previa.

"Recordar é viver" (diria eu como "velho"), mas é essencial fazê-lo para começar a resolver – de vez –, a falta de Vida e de futuro em Santiago (digo eu como "jovem").

(*1)
debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro
http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402

Pompílio Souto | 27_semPED bSa [09abr18]


domingo, 15 de abril de 2018




Semana PEDUCA
Investimentos Privados

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            Continuando com a Semana PEDUCA (*1) – debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro – vejamos, hoje, que investimentos são estes.

1.
A "secção II – Investimentos Privados", da Conferência PEDUCA, foi introduzida por Filipe Teles da Universidade de Aveiro, não tendo eu percebido a razão de ser disso, mas há-de ser boa para as partes e espera-se que boa, também, para a Cidade.
Os investidores apresentaram os respetivos projetos – Reabilitação do Centro Coordenador de Transportes; Trofa Saúde Hospital em, Aveiro; Forneria 1870 –, os primeiros na Forca, entre a Estação e a Rotunda do Rato e o terceiro, no antigo Matadouro, no Albói.

Aveiro vai ter, finalmente, um Centro Coordenador de Transporte: – Boa! Que promete, ainda, contribuir para acabar com o "granel d'autocarros a esmo por aí…"– Ótimo!. Aveiro vai ter, também, um "hospital" bem localizado, com um projeto e vocação claros. Mas é privado…; também serve, mas preferia tais virtudes nos da rede pública (hospital & centros de saúde) que temos. Aveiro tem agora, pela mão do senhor Américo, bom bife (com boa música a cavalo) e boa vista com boa vizinhança, no Albói.

2.
É muito promissor o que se está a fazer e prevê para a Forca, entre o Caminho-de-ferro e a EN109.
>          Esse "naco de espaço rural"; o que nele se faça e como seja feito, são "estratégicos" (*2) para a consolidação e bom funcionamento da Cidade tradicional e para as suas relações com Esgueira e Freguesias a nascente.
>          O "eixo Norte-Sul", da nacional 109, precisa de um Projeto de Reabilitação do tipo daquele que haveria de estar a ser feito para a Avenida Lourenço Peixinho. A "Ratunda" não funciona: é uma ratoeira: – Que raio! Ou não tem raio p'ra tantas entradas, ou mais do c'as qu'o raio permite (isso até eu sei…).
21.
Para este "eixo", o Arq.to José Prata, fez no tempo de Celso Santos e Fernado Nogueira, um trabalho. Transformar-se-ia um "desperdício" em proveito se o re-discutíssemos.
22.
Também no Albói, a propósito do presente e do futuro, quer do Bairro, quer do ex-Matadouro, ex-Hangar e outros "EXs" por resolver, e "PROs" por vir, parece que seria de "bom-tom" e saudável, re-discutir o Plano Polis, antes de o mandar às ortigas.

3.
Este "novo-riquismo", ou "leviandade", de saltitar de plano em plano, de projeto em plano, ou de plano em projeto, desbaratando dinheiro, recursos e competências, é inaceitável numa sociedade adulta. Planear, construir e viver a Cidade é um "processo coletivo" que carece, tanto de projeto, registo e avaliação, como de determinação esclarecida, vontade partilhada e experimentação coletiva.

Para a próxima: os projetos PEDUCA - "Viva a Cidade"

(*1)               http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402
(*2)               coisa que – infelizmente -, o PEDUCA não tem apesar da designação – "plano estratégico de desenvolvimento (…)"

Pompílio Souto | 26_semPED pPr [08abr18]


sábado, 14 de abril de 2018




Semana PEDUCA
o Parque de Estacionamento de Apoio à Intermodalidade

            pp
            Sobre este outro Projeto da Semana PEDUCA (*1) – debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro – vale a pena ter em conta pelo menos o que sege.

1.
Aveiro não é, ainda, uma Cidade Acessível. De facto, sendo a acessibilidade de um lugar "medida" pela facilidade, segurança e prazer com que os respetivos utilizadores lá chegam e o usam ou fruem, bem como pelo bem e bom que retiram do(s) trajeto(s) então feito(s), fácil é reconhecer que não estamos bem por aqui.

Se chegar a Aveiro não é difícil, "o tanas" é quando, depois, precisamos de mudar de meio de transporte, fazer trajetos na cidade, estacionar ou descansar e, sobretudo, andar a pé – que é como acabam todos os trajetos, sempre.

Sim eu sei: a Cidade é aprazível e não grande - mas é dispersa; é plana e oferece (muitos?) modos suaves de circulação - mas o espaço público é difícil. Espaço público difícil? É, obviamente, um eufemismo. Em Aveiro o espaço público é pensado em benefício do automóvel e detrimento do peão, sendo, depois, executado e mantido em prejuízo dos dois, ponto

2.
Construir um "Parque de Estacionamento de Apoio à Intermodalidade" é, portanto uma boa notícia; fazê-lo articulado com a Estação dos CF, o Centro Coordenador de Transportes (em reabilitação), a (nova) Praça de Táxis, e os Terminais de Meios Turísticos e Bugas, garantindo-lhe, ainda, ligação fácil às vias intraurbanas e autoestradas é, claro uma muito boa notícia.

[Só nos fica a faltar é um Cais; um Barco (à escala e sem a "vuvusela"); água limpa e um destino à medida, isto pressupondo que – agora, a partir do novo Parque –, os passeios e passadeiras, os bancos e papeleiras, as árvores, postes, postaletes e luminárias e tudo o resto, vai – organizada e sistematicamente –, começar a "desenrolar-se cidade adentro" por entre hossanas de todos nós - Ho meu Caro Senhor Presidente!]

3.
Serão quase 300 lugares de estacionamento de longa duração para os vários meios e utilizadores, com equipamentos de apoio, segurança e lazer. O Projeto, em fase inicial, suscita a ponderação das coisas (sérias) acima e mais as seguintes.

A área do Parque de Estacionamento, à superfície, é tão grande, tão bem localizada e tão vista que importaria garantir-lhe versatilidade e condições de evolução. Importaria, também, que tivesse ligações cobertas aos equipamentos contíguos e finalmente, que fosse nem o "altar do automóvel", nem um "terreiro atulhado de carros": - Que fosse um "Parque". Pode ser?

Entretanto voltarei a propósito dos "Investimentos Privados", no PEDUCA

(*1)               http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402

Pompílio Souto | 25_semPED pEs [07abr18]   http://pompiliosouto.blogspot.pt/


quinta-feira, 12 de abril de 2018








Semana PEDUCA
a Qualificação da Rua da Pega

            pp
            Este é mais um Projeto da Semana PEDUCA (*1) – debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro; sobre ele o que se me oferece é o que segue.

1.
A Rua da Pega arranca do Cruzamento do Ciência Viva. Serve – com acesso e estacionamento –, o Campus Universitário (norte), marginando-o até ao do Crasto. Será a partir daqui que, um dia, alcançará o Parque de Ciência (PCI) em Ílhavo; no entanto, onde chega para já – e muito como alternativa à EN 109 –, é à rotunda Eça de Queiroz, em Verdemilho.

Sim, de facto, também bordeja a Ria revelando-lhe Motas e Esteiros, Marinhas e Sapais e o mais que s' enxerga, por dentre juncos e plumas, palmeiras e gaivotas: – O Pôr-do-Sol.

Ou seja: duma Mota fizemos uma Rua; dessa Rua fizemos uma Estrada que é, agora, um Estacionamento com uma Via-Rápida no meio. P'ra aí promete-se, agora e quase sem mais, uma Marginal e Varanda da Ria.

2.
Sonha-se – e "sempre que um homem sonha o mundo pula e avança" (*2) – para esta "entrada na Cidade", um novo "espaço de contemplação" – de caminheiros, de ciclistas e de todos, porque inclusivo, com (muitos) transportes públicos e (poucos) estacionamentos. Oxalá. É que, de facto, com a poesia do Gedeão, a música do Manel (*3) e mais o Campus e a Ria, só o vento, quando áspero, nos arrefeceria os ânimos.

3.
Sendo velho (não do Restelo, mas atreito a "ventos ásperos"), temo que o que se fez não chegue para o que se "promete".
>          É que, sobre como resolver o Cruzamento de arranque, nada se sabe e o caso é complexo.
            Tem o Fábrica de Ciência, a Nokia, Residências Universitárias e Blocos de Habitação, sendo que, a Fábrica e a Nokia – sem estacionamento próprio – receberão, nalguns dias, mais de 500 crianças e engenheiros, cujos carros e autocarros ficam onde calha, caminhando-se, depois, por trilhos. Neste cruzamento faz-se a ligação entre a A25 e a Cadeia, o Hospital, a VCI da Cidade, a Universidade, a João Afonso, a EN109 e (depois) a A1. Bombeiros, INEM, ligeiros, pesados e autocarros, colonizam o sítio e infernizam a vida de quem aqui está ou por aqui passa.
>          Para além disso nada se diz, também, sobre como será "a coisa" para além do Campus (norte) e, muito menos se fala do acesso ao PCI (Desistimos: – Fica para Ílhavo!?).
            Bem e, já agora: – Ligações transversais, não terá? E a natureza específica do espaço canal, com planos de fachada, contínuos (edificados) e descontínuos (arbóreos), com habitação ou equipamento ou vistas? E os "Tanques de todos" e tantos outros eventos e histórias e oportunidades?

É lastimável. Revejam o Programa Base e comecem a fazer o Projeto, sim? A Cidade agradece.

Por mim, na próxima, cá trarei o "Parque de Estacionamento" na Estação da CP.

(*1)               http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402
(*2),             António Gedeão; Pedra Filosofal, In Movimento Perpétuo, 1956
(*3),             Manuel Freire; Pedra Filosofal - Disco, 1969

Pompílio Souto | 24_semPED rPe [06abr18]2






Semana PEDUCA
a Requalificação da Av.ª Lourenço Peixinho

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            Este é um Projeto apresentado na Semana PEDUCA (*1) – debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro – e este é um meu contributo para o aprofundamento do seu debate público.

1.
O que se apresentou, deste Projeto, foi muito pouco, muito pobre e nada fundamentado centrando-se exclusivamente no modo como se repartiria, pelos diferentes utilizadores, o plano de chão do espaço canal da Avenida. Mostraram-se plantas do referido plano e perfis transversais do dito espaço ("e pronto", como repetidamente se foi rematando cada "boutade técnica"…)

Ora, este – o espaço canal – é, como todos sabemos, tridimensional e significante o que remete para contextos – físicos e não físicos, passados e futuros –, convocando e discutindo as condições e sustentabilidade do residir e comerciar, bem como de estar ou fruir.
O ambiente – a qualidade da respetiva imagem; a consideração dos ventos, da insolação e da salubridade – não são dispensáveis.

2.
O dito espaço canal, além da natureza e vocação próprias que importa discutir, é constituído e (fortemente) "determinado" pelos planos que o enquadram: o plano de chão, os planos de fachada e o plano de céu. Acresce que o que se passa e passará, nas edificações – sobretudo nas "referente" e "âncora" – que (também) pertencem aos ditos planos de fachada, é obviamente decisivo para a qualidade e sustentabilidade do espaço público em causa.
Não perceber isto já nem para projetar uma "estrada" chega, meus caros; é dar de barato que tudo na Avenida vai ficar sempre como está e que o plano de chão para a frente do Centro Comercial Oita ou do Edifício de Habitação contíguo dos CTT possam ser iguais. " – Minha nossa…!"

Claro que – como propõem os projetistas – aumentar a permeabilidade transversal da Avenida é bom e importante, recuperando-a, assim, da grande e alongada rotunda em que disparatadamente a haviam transformado. É bom, também, propor que se discuta estabelecer-lhe um princípio e um fim, assumindo isso, ou não, em duas praças amarradas por uns dois alinhamentos de árvores cujo tipo e espécie se verá mais tarde. Mas não chega.

3.
Entretanto, tendo em conta tudo o mais, não acredito que agora depois do que já se conhece deste "projeto" alguém – a Câmara, os Projetistas e sobretudo os Cidadãos – esteja satisfeito com o que se fez, sendo que eu (presunçoso, dirão alguns) nem descansado fico com o mais que virá, em projeto de execução, em obras e, finalmente, em desperdícios e constrangimentos futuros.
Por isso tenho uma sugestão e algumas questões que me atrevia a propor, para reflexão, coisas às quais voltarei.

Amanhã, para já, com a "Qualificação da Rua da Pega".

(*1)               http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402

Pompílio Souto | 23_semPED aLP [04abr18]2




sexta-feira, 6 de abril de 2018


SEMANA P.E.D.U.C.A | 17 A 23 MARÇO DE 2018


Semana PEDUCA
uma síntese

            pp
            Ontem resumi a Semana PEDUCA (*1) – debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro – sublinhando o bom desempenho da Autarquia nas sessões e o mau noutros aspetos, prometendo uma Síntese sobre a iniciativa.
            Esta é a Síntese. Os comentários e contributos sobre os Projetos e sobre o que possa estar "esquecido" virão depois.

1.
Os Programas Base – indicação, pela Câmara ou Outros, do que, em cada caso, haveria de ser otimizado ou revertido –, são insuficientes ou desadequados implicando, quando assim é, o desbaratar de recursos e a criação de novos problemas, o que é mau.

Os Projetistas contratados fizeram, na generalidade, trabalho pouco qualificado. Talvez sirvam para cumprir os ditos Programas – o que é curto –, mas nalguns casos, nem para isso servem: – Há situações de manifesta incompetência técnica e funcional, o que é grave.

Os Cidadãos interessaram-se de forma desigual relativamente às propostas e aos debates, com participações fortes e abnegadas, mas também outras (ainda) muito centradas nos seus interesses particulares.
Mas é um princípio: caminhando todos faremos um melhor caminho… e caminhada.

2.
Dentre os promotores e participantes – onde se incluem privados (*2) com propostas interessantes –, não se percebe o papel e desempenho da Universidade.
Para além de intervenções técnicas em sessão específica, o que terá sido bom, introduziu os (referidos) "Investimentos Privados" e, coisa ainda mais estranha, institucionalmente nada disse no debate da "Ligação Ciclável Estação da CP – UA" quando, o seu grupo de trabalho nesta área sustentou importantes críticas a tal Projeto, como se nada tivesse a ver com ele. Será que só na altura "realizou" que não se revia no trabalho da casa, ou preferiu "amouchar"? Era importante que se reconhecesse a enorme pertinência das críticas formuladas e se agisse em conformidade.

3.
Entretanto, independentemente dos méritos do Plano (*3) e Projetos de que estamos a falar – que os têm –, há outras situações que não podemos permitir que se assumam "resolvidas" ou esquecidas.
Dir-se-á que já não estão em discussão pública ou que um momento de participação pública dedicada já não se justifica.
Discordo.
Primeiro a discussão pública da vida e obra da Cidade é condição inalienável de Cidadania e a participação pública não é benesse de um qualquer edital: é uma condição necessária ao bom governo da coisa pública e intrínseca da construção coletiva que a Cidade sempre é.

Voltaremos com os "comentário e contributos" sobre os Projetos: – Até amanhã.

(*1)
http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402

Pompílio Souto | 22_semPED Sin [03abr18]


SEMANA P.E.D.U.C.A | 17 A 23 MARÇO DE 2018


Semana PEDUCA
como a vivi e o que farei com isso

1.
É bom que a Câmara de Aveiro tenha lançado o PEDUCA – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano da Cidade de Aveiro –, sendo igualmente bom que tenha promovido a Semana PEDUCA, que constituiu, de facto, um Ponto de Situação Pública do estado dos Projetos de Reabilitação Urbana nele incluídos (*1).

Sublinhe-se, entretanto, que esta iniciativa de divulgar e debater publicamente os referidos Projetos, apesar de obrigatória, teve uma oportunidade e um carater que se saúdam.

Promoveram-se reuniões gerais e específicas, estas nos locais objeto de estudo e projeto, envolvendo interessados e, sobretudo, as respetivas comunidades, tendo sido muito útil a grande disponibilidade dos técnicos da autarquia, e essencial à boa compreensão dos trabalhos, a participação e esclarecimentos do Presidente da Câmara Municipal.

2.
Participei em quase todas as sessões públicas realizadas nesta Semana PEDUCA, o que me deu a conhecer, quer os Programas Base da grande maioria dos Projetos, quer a postura e desempenho dos respetivos Promotores, Projetistas e Cidadãos participantes.
Este conhecimento permite-me ter uma ideia (mais) clara do que tais Projetos representam para a Cidade e do tipo de prestação que a Autarquia, e os demais atores, intentam assumir na valorização sustentada da sua qualidade de vida.

Com isto atrevi-me a considerar que seria útil divulgar as dúvidas e certezas com que fiquei, bem como as sugestões que me parecem oportunas, independentemente dos timings dos Projetos e Propósitos de quem, direta ou indiretamente, nos governa a Cidade.

3.
Antecipando que seja muito subjetiva a eficácia deste meu contributo, assumo que valha a pena (sobretudo se outros também se envolverem para que, sobre o PEDUCA, não se conheçam apenas os pontos de vista e propostas do Pompílio).

Começarei por fazer uma síntese da Semana PEDUCA; depois, relativamente a cada um dos Projetos, indicarei o que retive do que foi mostrado e direi o que penso sobre isso, identificando virtualidade, omissões e erros, não deixando, obviamente, de assinalar a eventual indispensabilidade de outros trabalhos, posturas ou iniciativas.


Até amanhã, outra vez aqui, com mais cerca de 2300 carateres: - Agradeço a disponibilidade (do Jornal e vossa, obviamente)

Pompílio Souto | 21_semPED Int [02abr18]