terça-feira, 1 de maio de 2018




Semana PEDUCA
Viva a Cidade _ Centro Histórico de Esgueira

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            Esta sessão Viva a Cidade, da Semana PEDUCA (*1), fez-se em Esgueira, com muitos residentes a participarem, ativamente, no debate do Projeto.


1.
Todos estão de acordo quanto à importância da Reabilitação do Centro Histórico de Esgueira. Todos reconhecem que o tecido urbano tem elementos importantes a preservar e que a malha urbana não responde ao que se lhe pede, hoje. Todos reconhecem que o trânsito não é suportável, muito menos o de atravessamento. Mas nem todos se conformam com isso, e… começa-se a "inventar".
É o habitual.

Não se fez a contextualização devida (*2); não se identificou a inter-relação significante entre malha e tecido e a indispensabilidade da sua valorização; não se enunciou uma estratégia de intervenção a partir da identificação do bom a salvar e promover e do mau a minimizar e reverter.
Pior: – Deixaram-se os dilemas para os moradores, sem sinalizar quais os aparentes e os reais; qual o tipo de interdependência e hierarquização das respostas necessárias, dos modelos possíveis e das respetivas implicações.

Centrou-se (quase) tudo na "repartição (não justificada) do plano de chão" pelos diferentes utilizadores.
É, meus caros, mais uma equipa de projeto que não parece capaz de responder aquilo de que Esgueira precisa.

2.
Grande parte da "despesa" da apresentação e debate fê-la o Presidente da Câmara, tendo sido, também ele que alvitrou como resolver o problema do trânsito & estacionamento do Centro: criando "bolsas" e "grande parque" de estacionamento, a sul… Coisa que tem de aguardar pela ligação de Esgueira à Forca.

É da intervenção num Centro Histórico que estamos a falar.
Há histórico de crimes e sucessos e ilações consensuais a ter em conta; há competências e formações especializadas para o efeito; processos e procedimento abundantemente testados e documentados a considerar.
Como é que há, ainda hoje, quem dispense tudo isso?

3.
É chocante a ligeireza com que se encaram projetos destes e mais ainda o modo como insuficiências várias comprometem o envolvimento das pessoas na construção de soluções compreensivas e sustentáveis, coisa também importante, mesmo para quem tal envolvimento seja irrelevante, dado que isso compromete o aproveitamento de recursos, quer físicos e culturais – o património, quer financeiros.

Sei que algumas destas pechas não são específicas, nem do Projeto de Esgueira, nem dos PEDUCA.
Mas isso não me descansa: - Frustra-me, até, meu Caro Presidente, dado reconhecer-lhe uma "capacidade de fazer" que merecia melhor proveito para todos nós.

nota
Concluído o trabalho sobre as Sessões PEDUCA apresentarei Conclusões, atrevendo-me, de seguida, a algumas Propostas. Fiquem por aí.


 (*1)              debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro
                        http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402
(*2)               também, de anteriores Projetos e Obras da CMA


Pompílio Souto | 32_semPED chE [15abr18]  http://pompiliosouto.blogspot.pt/

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