quinta-feira, 12 de abril de 2018






Semana PEDUCA
a Requalificação da Av.ª Lourenço Peixinho

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            Este é um Projeto apresentado na Semana PEDUCA (*1) – debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro – e este é um meu contributo para o aprofundamento do seu debate público.

1.
O que se apresentou, deste Projeto, foi muito pouco, muito pobre e nada fundamentado centrando-se exclusivamente no modo como se repartiria, pelos diferentes utilizadores, o plano de chão do espaço canal da Avenida. Mostraram-se plantas do referido plano e perfis transversais do dito espaço ("e pronto", como repetidamente se foi rematando cada "boutade técnica"…)

Ora, este – o espaço canal – é, como todos sabemos, tridimensional e significante o que remete para contextos – físicos e não físicos, passados e futuros –, convocando e discutindo as condições e sustentabilidade do residir e comerciar, bem como de estar ou fruir.
O ambiente – a qualidade da respetiva imagem; a consideração dos ventos, da insolação e da salubridade – não são dispensáveis.

2.
O dito espaço canal, além da natureza e vocação próprias que importa discutir, é constituído e (fortemente) "determinado" pelos planos que o enquadram: o plano de chão, os planos de fachada e o plano de céu. Acresce que o que se passa e passará, nas edificações – sobretudo nas "referente" e "âncora" – que (também) pertencem aos ditos planos de fachada, é obviamente decisivo para a qualidade e sustentabilidade do espaço público em causa.
Não perceber isto já nem para projetar uma "estrada" chega, meus caros; é dar de barato que tudo na Avenida vai ficar sempre como está e que o plano de chão para a frente do Centro Comercial Oita ou do Edifício de Habitação contíguo dos CTT possam ser iguais. " – Minha nossa…!"

Claro que – como propõem os projetistas – aumentar a permeabilidade transversal da Avenida é bom e importante, recuperando-a, assim, da grande e alongada rotunda em que disparatadamente a haviam transformado. É bom, também, propor que se discuta estabelecer-lhe um princípio e um fim, assumindo isso, ou não, em duas praças amarradas por uns dois alinhamentos de árvores cujo tipo e espécie se verá mais tarde. Mas não chega.

3.
Entretanto, tendo em conta tudo o mais, não acredito que agora depois do que já se conhece deste "projeto" alguém – a Câmara, os Projetistas e sobretudo os Cidadãos – esteja satisfeito com o que se fez, sendo que eu (presunçoso, dirão alguns) nem descansado fico com o mais que virá, em projeto de execução, em obras e, finalmente, em desperdícios e constrangimentos futuros.
Por isso tenho uma sugestão e algumas questões que me atrevia a propor, para reflexão, coisas às quais voltarei.

Amanhã, para já, com a "Qualificação da Rua da Pega".

(*1)               http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402

Pompílio Souto | 23_semPED aLP [04abr18]2




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