quinta-feira, 12 de abril de 2018








Semana PEDUCA
a Qualificação da Rua da Pega

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            Este é mais um Projeto da Semana PEDUCA (*1) – debate de Projetos de Reabilitação Urbana, em Aveiro; sobre ele o que se me oferece é o que segue.

1.
A Rua da Pega arranca do Cruzamento do Ciência Viva. Serve – com acesso e estacionamento –, o Campus Universitário (norte), marginando-o até ao do Crasto. Será a partir daqui que, um dia, alcançará o Parque de Ciência (PCI) em Ílhavo; no entanto, onde chega para já – e muito como alternativa à EN 109 –, é à rotunda Eça de Queiroz, em Verdemilho.

Sim, de facto, também bordeja a Ria revelando-lhe Motas e Esteiros, Marinhas e Sapais e o mais que s' enxerga, por dentre juncos e plumas, palmeiras e gaivotas: – O Pôr-do-Sol.

Ou seja: duma Mota fizemos uma Rua; dessa Rua fizemos uma Estrada que é, agora, um Estacionamento com uma Via-Rápida no meio. P'ra aí promete-se, agora e quase sem mais, uma Marginal e Varanda da Ria.

2.
Sonha-se – e "sempre que um homem sonha o mundo pula e avança" (*2) – para esta "entrada na Cidade", um novo "espaço de contemplação" – de caminheiros, de ciclistas e de todos, porque inclusivo, com (muitos) transportes públicos e (poucos) estacionamentos. Oxalá. É que, de facto, com a poesia do Gedeão, a música do Manel (*3) e mais o Campus e a Ria, só o vento, quando áspero, nos arrefeceria os ânimos.

3.
Sendo velho (não do Restelo, mas atreito a "ventos ásperos"), temo que o que se fez não chegue para o que se "promete".
>          É que, sobre como resolver o Cruzamento de arranque, nada se sabe e o caso é complexo.
            Tem o Fábrica de Ciência, a Nokia, Residências Universitárias e Blocos de Habitação, sendo que, a Fábrica e a Nokia – sem estacionamento próprio – receberão, nalguns dias, mais de 500 crianças e engenheiros, cujos carros e autocarros ficam onde calha, caminhando-se, depois, por trilhos. Neste cruzamento faz-se a ligação entre a A25 e a Cadeia, o Hospital, a VCI da Cidade, a Universidade, a João Afonso, a EN109 e (depois) a A1. Bombeiros, INEM, ligeiros, pesados e autocarros, colonizam o sítio e infernizam a vida de quem aqui está ou por aqui passa.
>          Para além disso nada se diz, também, sobre como será "a coisa" para além do Campus (norte) e, muito menos se fala do acesso ao PCI (Desistimos: – Fica para Ílhavo!?).
            Bem e, já agora: – Ligações transversais, não terá? E a natureza específica do espaço canal, com planos de fachada, contínuos (edificados) e descontínuos (arbóreos), com habitação ou equipamento ou vistas? E os "Tanques de todos" e tantos outros eventos e histórias e oportunidades?

É lastimável. Revejam o Programa Base e comecem a fazer o Projeto, sim? A Cidade agradece.

Por mim, na próxima, cá trarei o "Parque de Estacionamento" na Estação da CP.

(*1)               http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402
(*2),             António Gedeão; Pedra Filosofal, In Movimento Perpétuo, 1956
(*3),             Manuel Freire; Pedra Filosofal - Disco, 1969

Pompílio Souto | 24_semPED rPe [06abr18]2

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