Semana
PEDUCA
conclusões [blg]
pp
Nas
crónicas "Semana PEDUCA (*1) – debate de Projetos de Reabilitação Urbana,
em Aveiro" – indiquei o essencial de cada Projeto, destacando o bom e o
mau que neles encontrei e as omissões que considerei pertinentes.
Agora
faço um resumo disso e da postura e desempenho dos envolvidos; oportunamente
atrever-me-ei a algumas propostas.
pp1.
Na Semana
PEDUCA – conforme se sistematiza no Quadro 1, abaixo –, foram apresentados 14
Projetos, sendo 3 de Iniciativa Privada, 5 da Câmara, 4 de Cidadãos e 2 de
Moradores.
Os 5
da CMA são "projetos urbanos" e, pelos visto,
1, interessa muito Moradores [Esgueira];
1, mobiliza muito Cidadãos,
Cidadãos-Especialistas e Partidos [Avenida];
1, interessa muito Cidadãos-Especialistas
[Rua da Pega] e
1, interessa muito Cidadãos Ciclo-Motivados
[Ciclovia],
sendo
que o Parque Intermodal parece não interessar a (quase) ninguém [?].
Quanto
aos 3 projetos de Privados,
2, são
Equipamentos "pesados" importantes e necessários [Central Transportes
e Hospital] e
1, é
de Serviços [Hotelaria], interessante.
Os 6 de
Cidadãos e Moradores são sobretudo "ideias" para "intervenções
urbanas", apenas 1 incluindo "programação imaterial" [Santiago].
Desses 6, 1
é, de facto, uma proposta de uma "unidade de vizinhança" [Rua Verde];
os outros são "ideias (algo) interessantes de pessoas singulares"
que, em 2 casos nem apareceram para os apresentar e debater.
1.
Os Projetos PEDUCA tiveram méritos.
- O
de termos os Cidadãos exprimindo desejos e
olhando a Cidade à procura de onde os
pousar.
O
de ver, depois, tais desejos
transformados em propostas e projetos, ainda por cima titulados por vizinhos.
- O
de termos a Câmara – no terreno, com os cidadãos – testando conteúdos e soluções.
- O
de termos ficados mais ricos no saber
com os olhares e as razões doutros, por vezes em disputa.
A bondade geral de tudo isto, que
saudamos, é um benefício principalmente para a Cidade.
2.
Tais Projetos e o processo que
suscitaram evidenciam erros inaceitáveis.
- A
absoluta – e assumida – ausência de dimensão estratégica dos Projetos e de
qualquer relação deles com os processos de planeamento e de construção da
Cidade.
As
enormes insuficiências e (alguns) erros dos Programas e Projetos apresentados.
- A
pouca competência da maioria das Equipas Técnicas e, nesses casos, a falta de
ética e decoro que isso revela.
- A
ligeireza, ainda que abnegada mas individualista, de algumas ideias dos Cidadãos.
Foram e são, incompetências, ameaças
e inconsequências que temos para resolver.
3.
A cada um de nós Cidadãos cabe não transferir
para outrem o inerente à Cidadania, desde logo, a participação cívica
esclarecida no processo de construção da Cidade.
Aos Partidos cabe, bem mais, do que
atacar ou defender. Cabe-lhes a visão global e o detalhe justificados e bem
esclarecidos. É que todos somos novatos nisto e hoje é fácil o deslumbramento
de circunstância.
À Autarquia cabe deixar-se
escrutinar e ter gosto e proveito nisso. Cabe-lhe, com os partidos e outros,
exercer o poder pertinente, compreensivo e qualificado. Qualificado, não por
"silêncios institucionais", mas pelos resultados que a avaliação
politica e científica discutirão validando-os, ou não.
É que, para além do mais, com a
execução disto a Câmara prevê gastar entre 14 a 27 milhões de euros. É muito.
A todos cabe não esquecer o bom e
mau desta iniciativa e seus Projetos, mas não esquecer, também, os outros que
se identificaram a propósito deles.
Em conjunto é muito aquilo de que
precisamos para melhorar a nossa vida coletiva.
Era bom termos nisto, connosco
Cidadãos, a Universidade. A investigação, as referências, os modelos e a
avaliação prospetiva do processo de construção coletiva da cidade, dificilmente
serão bem-feitos por outrem, ao contrário de algumas intervenções e projetos
específicos.
(*1)
http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabtemplate.aspx?id_class=3509&TM=2408S2591S3436S3509&SelectedTab=46402
Pompílio Souto | 33_semPED con1[23abr18]Blb http://pompiliosouto.blogspot.pt/
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