Aguada de Baixo, p'ra cima; álbum fotográfico.
( ver texto abaixo)
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quarta-feira, 13 de junho de 2007
Aguada de Baixo, p'ra cima
Cruzeiro ou Rotunda, eis a questão...
esclarecidos e motivados vocês merecem... e nós também!
1)
Em Aguada de Baixo há quem se preocupe com o futuro cuidando, para já, do presente; é bom que assim seja e pena é que assim não seja por todo o lado.
A preocupação não é apenas dos Autarcas – Presidentes da Junta de Freguesia e da Câmara de Águeda –, é, também, dos cidadãos ai residentes e, pasme-se, até daqueles que já dali saíram há muito tempo. Todos estiveram presentes e participaram nas actividades de comemoração do "dia da freguesia", nomeadamente, num debate sobre o futuro da terra: lá se disse algo do que de bom tem o sítio e, sobretudo, o lugar; lá se identificaram constrangimentos, problemas e... maldades; lá se estabeleceram compromissos – publicamente discutidos e assumidos – de iniciativas e acções que serão levadas a cabo por quem de momento detém o poder: Paulo Alves, na Junta e Gil Nadais, na Câmara.
2)
As mágoas, angústias e "dores" locais centram-se (sobretudo) nos efeitos perversos da passagem, pela Freguesia, das várias estadas da "rede viária nacional" e do modo como, quem assim faz (quase) nada acautela – a coesão territorial e a vivência comunitária do lugar – e (quase) tudo põe em risco – a segurança dos cidadãos na fruição do sítio e, também, a viabilidade económica destes espaços e gentes.
E agora, mesmo perante a ameaça dum novo corte – a correcção do traçado do IC2 –, ninguém meteu uma "providência cautelar"; ninguém questionou a "inevitabilidade do interesse nacional"; ninguém pediu um "novo estudo de impacto ambiental"; ninguém pediu mais "estudos" e, sabem que mais, mesmo quando alguém alvitrou uma deslocalização da "coisa mais p'ra sul", ninguém se manifestou aliciado: seria pior para os utentes na (nova) via e (também) mau para os vizinhos de Aguada de Cima, disse-se. Que lição, meus caros!
3)
Mas Aguada de Baixo tem, também outras maleitas e, para além delas, muitas coisas boas.
Tem como se disse autarquias e cidadão civicamente e politicamente empenhados; tem uma boa inserção num espaço empresarialmente dinâmico; tem um centro urbano consolidado e reconhecível; tem jardim-de-infância, escola e... o "Paraíso Social", centro de apoio e assistência social a idosos e unidade de saúde par todos.
Mas todos, não são muitos, e são poucos os jovens: isso nota-se e faz falta a muitas coisas. O espaço das escolas é seco e de difícil acesso, coisa proibitiva, em segurança, para meninos a pé. As envolventes do centro não são, nem qualificadas, nem consolidadas e muito do que foram – campos e vinhas –, hoje é, quase só, mato. No centro há edifícios bonitos (nas ferragens, argamassa e fachadas) submersos num tecido urbano pouco regenerado e com frúnculos, mal "servido" por uma malha urbana pobre, colonizada pela rede viária e seus utentes.
4)
É por aqui – sobretudo pela malha urbana do centro – que importa (re)começar a investir: (i) requalificar o espaço público, criando espaços para os peões e oportunidades para interacção social; (ii) vocacionar a malha urbana do centro para a circulação e estadia pedonal, nela acomodando a circulação viária que não seja de atravessamento; (iii) optimizar e "democratizar" (*1) a acessibilidade aos Equipamentos; valorizar a vinha e o campo, prestigiando a arte, o saber e o trabalho associados à extracção dos respectivos produtos.
E depois – para vergonha de todos nós e vosso bom proveito –, reverter os efeitos perversos dos "atravessamentos pela rede viária nacional", transformando isso numa oportunidade. Todos juntos, esclarecidos e motivados vocês merecem... e nós também: para aprender como se faz.
1)
Em Aguada de Baixo há quem se preocupe com o futuro cuidando, para já, do presente; é bom que assim seja e pena é que assim não seja por todo o lado.
A preocupação não é apenas dos Autarcas – Presidentes da Junta de Freguesia e da Câmara de Águeda –, é, também, dos cidadãos ai residentes e, pasme-se, até daqueles que já dali saíram há muito tempo. Todos estiveram presentes e participaram nas actividades de comemoração do "dia da freguesia", nomeadamente, num debate sobre o futuro da terra: lá se disse algo do que de bom tem o sítio e, sobretudo, o lugar; lá se identificaram constrangimentos, problemas e... maldades; lá se estabeleceram compromissos – publicamente discutidos e assumidos – de iniciativas e acções que serão levadas a cabo por quem de momento detém o poder: Paulo Alves, na Junta e Gil Nadais, na Câmara.
2)
As mágoas, angústias e "dores" locais centram-se (sobretudo) nos efeitos perversos da passagem, pela Freguesia, das várias estadas da "rede viária nacional" e do modo como, quem assim faz (quase) nada acautela – a coesão territorial e a vivência comunitária do lugar – e (quase) tudo põe em risco – a segurança dos cidadãos na fruição do sítio e, também, a viabilidade económica destes espaços e gentes.
E agora, mesmo perante a ameaça dum novo corte – a correcção do traçado do IC2 –, ninguém meteu uma "providência cautelar"; ninguém questionou a "inevitabilidade do interesse nacional"; ninguém pediu um "novo estudo de impacto ambiental"; ninguém pediu mais "estudos" e, sabem que mais, mesmo quando alguém alvitrou uma deslocalização da "coisa mais p'ra sul", ninguém se manifestou aliciado: seria pior para os utentes na (nova) via e (também) mau para os vizinhos de Aguada de Cima, disse-se. Que lição, meus caros!
3)
Mas Aguada de Baixo tem, também outras maleitas e, para além delas, muitas coisas boas.
Tem como se disse autarquias e cidadão civicamente e politicamente empenhados; tem uma boa inserção num espaço empresarialmente dinâmico; tem um centro urbano consolidado e reconhecível; tem jardim-de-infância, escola e... o "Paraíso Social", centro de apoio e assistência social a idosos e unidade de saúde par todos.
Mas todos, não são muitos, e são poucos os jovens: isso nota-se e faz falta a muitas coisas. O espaço das escolas é seco e de difícil acesso, coisa proibitiva, em segurança, para meninos a pé. As envolventes do centro não são, nem qualificadas, nem consolidadas e muito do que foram – campos e vinhas –, hoje é, quase só, mato. No centro há edifícios bonitos (nas ferragens, argamassa e fachadas) submersos num tecido urbano pouco regenerado e com frúnculos, mal "servido" por uma malha urbana pobre, colonizada pela rede viária e seus utentes.
4)
É por aqui – sobretudo pela malha urbana do centro – que importa (re)começar a investir: (i) requalificar o espaço público, criando espaços para os peões e oportunidades para interacção social; (ii) vocacionar a malha urbana do centro para a circulação e estadia pedonal, nela acomodando a circulação viária que não seja de atravessamento; (iii) optimizar e "democratizar" (*1) a acessibilidade aos Equipamentos; valorizar a vinha e o campo, prestigiando a arte, o saber e o trabalho associados à extracção dos respectivos produtos.
E depois – para vergonha de todos nós e vosso bom proveito –, reverter os efeitos perversos dos "atravessamentos pela rede viária nacional", transformando isso numa oportunidade. Todos juntos, esclarecidos e motivados vocês merecem... e nós também: para aprender como se faz.
(*1), tornar acessível a todos: crianças, idosos, deficientes e outros
(Crónica publicada no JN Norte, em 13JUN07)
(Crónica publicada no JN Norte, em 13JUN07)
(ver álbum fotográfico, acima)
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